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Reconfinamento – A partir de terça-feira, a França bane a venda de produtos que não podem ser vendidos nas lojas locais

Diante da rebelião de muitos comerciantes e autoridades locais eleitas em face das consequências da contenção para o comércio local, o governo francês decidiu restringir a lista de produtos autorizados para venda em supermercados na terça-feira, o primeiro-ministro, Jean anunciou no domingo Castex.

Desde o anúncio de Emmanuel Macron do fechamento de todas as lojas locais consideradas não essenciais, muitos comerciantes, livreiros importantes, apoiados por funcionários eleitos locais, pediram uma flexibilização do confinamento e alguns desafiaram as proibições de abertura que entraram em vigor em Sexta-feira.

Reconhecendo “um problema de justiça”, Jean Castex anunciou que os produtos em questão não podiam mais ser vendidos por grandes varejistas.

“Decidi, no decreto que regulamenta o confinamento, acrescentar uma disposição, que entrará em vigor na manhã desta terça-feira, proibindo a venda de produtos que não possam ser comercializados, que já são proibidos em lojas locais, em supermercados”, disse chefe do governo no TF1.

Já sexta-feira, após a mobilização do setor de livros, o governo ordenou que supermercados fossem autorizados a permanecer abertos para fechar suas prateleiras de produtos culturais.
Várias dezenas de prefeitos de todas as tendências políticas reunidos dentro da associação France Urbaine enviaram uma carta ao primeiro-ministro no sábado para denunciar “a desigualdade de tratamento entre o comércio local (…) e os grandes varejistas”.

Poucas horas antes da intervenção de Jean Castex, o ministro da Economia, Bruno Le Maire, condenou os decretos municipais que autorizam os comerciantes a prosseguir a sua actividade apesar do confinamento, embora reconhecendo os riscos associados às novas regras.
“Não deveria ser a Amazon, para simplificar, que é a grande vencedora desta crise em detrimento do comércio local ou mesmo dos supermercados que contratam centenas de milhares de pessoas”, afirmou. ele assim declarou no set de BFMTV.
Ele prometeu o lançamento de cem milhões de euros para acelerar “a digitalização das pequenas empresas”.

“Ao final dessa crise, devemos ter pelo menos metade das lojas de conveniência digitalizadas”, contra um terço atualmente, afirmou.
Bruno Le Maire também incentivou os pequenos negócios a recorrerem à “recolha de encomendas” para manter a sua actividade e evitar a frequência aos pontos de venda.

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